Kely foi mãe antes de decidir os rumos da sua carreira de fonoaudióloga.
Ela engravidou durante a faculdade, que cursava no Rio de Janeiro, e se mudou para São Paulo antes mesmo do nascimento de Antonio. Junto com a mudança de cidade e de faculdade veio o desafio da maternidade e da amamentação. Nada disso parecia tão complicado para alguém que foi amamentada até os dois anos de idade, por uma mãe que teve outros cinco filhos (todos nascidos de partos normais) numa cidade pequena do interior do Espirito Santo.
Mas foi complicado, sim. Sempre é. E como mãe jovem, ela ainda enfrentava o desafio da solidão de quem trocava as festas com as amigas pelas rotinas dos cuidados com o bebê. No entanto, a maternidade trazia para Kely um novo pensamento para sua carreira. E foi no último ano de curso que ela descobriu que poderia usar seus conhecimentos e dedicar seu tempo às mulheres que enfrentavam problemas com a amamentação, assim como ocorreu com ela.
Essa descoberta foi por acaso, não foi uma escolha. Kely foi sorteada para cursar uma disciplina sobre bebês. Sensibilizada ao descobrir que os conhecimentos que acabava de adquirir poderiam tê-la feito amamentar seu filho de uma maneira diferente, ela entrou de cabeça no assunto que virou tema do seu trabalho de conclusão de curso, da sua especialização, do seu mestrado e de toda a sua carreira, que começou com um trabalho voluntário numa maternidade. E assim, a nova perspectiva profissional ia se tornando a causa da sua vida.
Quatro anos depois, nascia Miguel, que como segundo filho, já usufruiu dos conhecimentos de amamentação que a mãe havia adquirido com o primeiro filho e os estudos. Os dois juntos já começavam a compartilhar também os conhecimentos que a mãe adquiria sobre o universo da humanização, tão intimamente ligado ao estudo da amamentação.
Por conta desse novo momento da sua carreira, Kely conheceu as médicas Renata Garcia e Vânia Gato. Nesse tempo, a Lumos era apenas um projeto, que antes mesmo de nascer já contava com a participação de Kely.
A ideia de atender numa clínica humanizada era empolgante. Kely nunca acreditou na ideia de que especialistas devem impor um tratamento ao paciente. “Eu sempre havia sonhado em trabalhar num lugar como a Lumos. Aqui o trabalho é feito junto com as famílias. Não existe um tratamento vertical, não existe não ouvir o outro. Nada serve para todo mundo. Olhamos cada história como única”.
Ela ainda lembra o papel da clínica no trabalho com crianças. “Até os bebês são ouvidos na Lumos. Existem grupos de pais formados aqui que podem continuar existindo pro resto da vida. Com isso ajudamos as crianças a participarem umas das vidas das outras”.
Além do atendimento personalizado em consultoria de amamentação que presta na clínica, Kely também é figurinha carimbada nas rodas de discussão promovidas na casa. Por conhecer profundamente as dificuldades do puerpério, ela dedica parte de seu tempo à “formação do espaço de escuta e acolhimento para que ninguém passe pelo pós-parto sozinha”, uma marca da Lumos e a melhor maneira para que ela possa continuar exercendo seu trabalho, como quem curte um hobby.
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