Dermatite atópica

Dermatite atópica

Dermatite atópica

A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é um problema de pele comum em bebês e crianças, podendo também acometer adolescentes e adultos. Em 85% dos casos ela surge nos primeiros 4 anos de vida e em mais da metade destes a inflamação desaparece sozinha com o passar dos anos.

Quando a doença foi inicialmente descrita, acreditava-se que era uma espécie de alergia da pele relacionada a outras atopias como a rinite alérgica, asma e alergia alimentar, daí o nome dermatite atópica. Hoje com o avanço da medicina, estudos recentes têm mostrado que o eczema atópico não é uma doença exclusivamente alérgica, tendo o defeito genético em uma das proteínas da pele como uma de suas causas.

A pele é o órgão do corpo responsável por criar uma barreira entre o meio externo e o nosso organismo, sendo a primeira linha de defesa contra agressões do meio ambiente. Uma pele intacta impede que micróbios e substâncias irritantes consigam alcançar o interior do nosso corpo. A quebra dessa barreira permite que agentes externos possam penetrar nossa pele e entrar em contato com as células do sistema imunológico que ficam localizadas logo abaixo. Essa interação leva a liberação de mediadores inflamatórios produzindo os sintomas da dermatite.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da dermatite atópica ou agravamento de suas lesões são:

– Calor, suor, baixa umidade do ar

– pólen, mofo, ácaros

– estresse ou ansiedade

– exposição à agentes irritantes: fragrâncias, corantes, produtos de limpeza

– roupas de lã e tecido sintético

– alergia à alimentos: leite, ovo, castanhas, mariscos

– ressecamento da pele

O quadro clínico da dermatite atópica e seu tratamento mudam conforme a fase da doença. Na fase infantil o quadro mais comum é de pele ressecada com lesões avermelhadas, descamativas, com crostas e intenso prurido. As faces extensoras das articulações, como cotovelos e joelhos, o rosto e o couro cabeludo são os locais mais afetados.

O eczema pode provocar uma coceira intensa e o ato de coçar piora ainda mais a lesão. A coceira pode levar a ferida da pele pelo arranhar da unha facilitando a contaminação por bactérias, principalmente o Staphiloccocus aureus. O objetivo do tratamento da dermatite atópica visa o controle dos sintomas, principalmente a coceira, a redução da inflamação da pele e prevenção das recorrências.

Consulte seu médico para a melhor abordagem terapêutica.

 

Texto escrito por Heloisa Tabet – Médica Alergista da Lumos